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segunda-feira, 13 de maio de 2013

MEDO: Violência na cidade de Baraúna assusta população e preocupa as polícias militar e civil


O município de Baraúna, localizado na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, distante 29 quilômetros de Mossoró, está mais uma vez atravessando problemas no tocante à violência galopante que afeta os moradores e os que precisam se deslocar diariamente para trabalhar em uma das muitas empresas e fábricas que se instalaram na região.
Assassinatos, assaltos, tiroteios, falta de policiamento, arrombamentos e tráfico de drogas é o que vem acontecendo na cidade, associados a um silêncio profundo dos moradores, que, com medo da violência, preferem não manifestar seus sentimentos e revoltas.
"Aqui virou uma cidade sem lei, onde os assaltos e assassinatos acontecem na presença das pessoas, mas ninguém se arrisca a falar nada temendo ser a próxima vítima", disse o agricultor José Marques Dantas, 54 anos, morador.
O delegado Ricardo Adriano Brito da Costa, que há seis esses assumiu o comando da Delegacia de Polícia Civil de Baraúna, se diz assustado com a violência que atinge a população, em especial com o grande número de assassinatos ocorrido este ano, no município.
"A palavra é assustado mesmo, com tudo que vem acontecendo em Baraúna, em especial o grande número de assassinatos que ocorreram todos próximos um do outro. Para se ter uma ideia, foram oito mortes, sendo que sete delas, ocorreram do final de abril pra cá e isto é preocupante mesmo", explicou o delegado.
Para o delegado uma série de fatores contribuem para a violência na região, porém a falta de condições de trabalho, associado ao pouco efetivo das polícias civil e militar tem causado dificuldades para prender, investigar e concluir os inquéritos policiais.
"Nós temos uma equipe formada por um delegado, um escrivão e quatro agentes, para atender toda a demanda da cidade e região. Já a Polícia Militar, com quem mantemos uma parceria importante, também funciona abaixo do efetivo, com um pequeno grupo para realizar rondas ostensivas no município", destacou.
A situação da Polícia Civil piora ainda mais no tocante a única viatura que a DP dispõe, um Fiesta simples, inadequado para um território extenso e cheio de estradas vicinais, que dão acesso a outros municípios do Ceará.
O delegado destaca que o ideal para a Polícia Civil de Baraúna seria uma caminhonete potente, para encarar as estradas carroçáveis, quando necessário for. "Nosso carro não é apropriado para o município, uma vez que temos de andar centenas de quilômetros em estradas de chão batido e com um veículo baixo, não podemos desenvolver a velocidade ideal para perseguir os criminosos, que sempre usam carros apropriados para a região".
Diante dos inúmeros problemas enfrentados pelas forças policiais baraunense, as autoridades constituídas estão se mobilizando, no sentido de realizar uma audiência pública, com a presença de representantes do Governo do Estado, para tirar soluções imediatas, no tocante a violência e suas mazelas.
Sem solução
Uma das maiores marcas da violência na cidade de Baraúna, que prejudicou toda a população, acaba de fazer aniversário: a destruição da agência do Banco do Brasil, durante uma ação criminosa. Na madrugada do dia 11 de maio de 2012, uma ação ousada de uma quadrilha composta por 15 homens causou terror aos moradores da cidade de Baraúna, onde o bando atirou contra o destacamento da Polícia Militar e em seguida estourou a parede externa da agência do Banco do Brasil, explodindo um cofre e levando todo o dinheiro.
Os marginais desafiaram a polícia e fugiram por uma estrada carroçável. Até o momento ninguém foi preso, ou sequer identificado. Com isso, não mais voltou a funcionar.
População se divide entre sentimento de medo e revolta
Com a violência que a cidade de Baraúna tem enfrentado, o maior prejudicado é o cidadão de bem, que tem que amargar as ações dos criminosos sem poder fazer nada. "O povo está assustado, não temos para quem apelar. Alguma coisa precisa ser feita com urgência, não aguentamos mais sermos massacrados pela ações dos bandidos", disse a dona de casa Maria José Pereira, residente em um assentamento na zona rural.
"Baraúna tem hoje uma das realidades mais preocupantes do RN, pois além de pouca estrutura para comportar a população local, tem que atender aos milhares de trabalhadores que vêm de fora em busca de serviço", explicou um comerciante.
O grande volume de dinheiro que circula na região tem atraído marginais. Eles assaltam estabelecimentos comerciais, residências e a população. Na semana passada a equipe de reportagem do O Mossoroense esteve mais uma vez na cidade para conversar com moradores e autoridades policiais e constatou que o medo e a revolta da população só aumentou. Do dia 3 de junho do ano passado, quando a reportagem publicou a reportagem especial "Insegurança e medo tomam conta da população", a única mudança que teve foi o aumento da criminalidade.

Fonte: To Vendo Tibau
Postado em: 13/05/2013

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