Publicação destaca participação do ex-presidente em
campanhas e defesa de acusados de envolvimento no mensalão
O jornal americano The New York Times avaliou, em matéria
publicada no último sábado (25) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
está de volta à linha de frente da política brasileira.
Em matéria intitulada "Brazil’s Ex-President Is Back on
Front Lines" (ou "O ex-presidente do Brasil está de volta as linhas
de frente", em tradução livre), o jornal lembra que Lula obteve dos
médicos que o acompanharam no tratamento contra um câncer na laringe a
liberação para que ele participasse das campanhas dos candidatos do PT nas
eleições deste ano. Na última quarta-feira (22), o ex-presidente cumpriu seu
primeiro compromisso com seu afilhado político Fernando Haddad, candidato do
partido à Prefeitura de São Paulo.
Juntos, participaram da reinaguração da sede do Diretório
Nacional do PT em São Paulo, que passou por uma reforma recente. A última vez
que Lula visitou o local foi no ano de 2002.
No mesmo dia, Lula gravou participações no programa dos
candidatos Wellington Dias, de Teresina (PI), e Elmano de Freitas, que concorre
em Fortaleza (CE). Ele só deve participar presencialmente na campanha das
cidades que Falcão chamou de “ultraprioritárias”, como São Paulo, Belo
Horizonte, Recife e Fortaleza.
A primeira aparição pública do ex-presidente está marcada
para a próxima sexta-feira (31), em Belo Horizonte.
O NYTimes lembra ainda que Lula tem defendido publicamente
alguns envolvidos no mensalão. O artigo aponta que algumas das criações
políticas de Lula enfrentam o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo
escândalo que veio à tona em 2005. O texto cita o nome de José Dirceu,
ex-ministro Chefe da Casa Civil, acusado de ser o principal articulador do
mensalão.
A matéria destaca que Lula teria dito não acreditar no
mensalão, uma vez que o PT não precisaria da compra de votos por haver
assegurado, à época, apoio da maioria no Congresso por meio de alianças
políticas. Mas que ele vai respeitar a decisão a ser tomada pelo STF. O texto
destaca ainda o encontro entre Lula e o juiz do STF, Gilmar Mendes, quando Lula
teria pressionado o magistrado a adiar o julgamento.
Em uma volta ao passado, o texto lembra os tempos de
sindicalista de Lula, citando o discurso feito por ele em 1979 em São Bernardo,
para cerca de 80 mil trabalhadores em greve. Lembra ainda de seus dois mandatos
como presidente da República, período em que, avalia o jornal, adotou políticas
econômicas centristas, com ênfase em projetos de combate à pobreza e com o
propósito de tornal o Brasil uma potência econômica na América Latina.
Fonte: Portal R7
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