Morreu neste sábado (29), em São Paulo, a apresentadora Hebe
Camargo. Ela lutava contra o câncer.
A loira mais famosa da história da televisão brasileira não
era loira. Paulista de Taubaté, Hebe Maria Camargo era até chamada de a
moreninha que canta.
Começou no rádio e, numa entrevista ao SPTV, contou que só
não participou da primeira transmissão de televisão no Brasil, na TV Tupi, dia
18 de setembro de 1950, porque preferiu ir namorar. “Menti que eu estava muito
gripada, e na realidade eu estava apaixonada por um homem maravilhoso”, diz.
Lolita Rodrigues diz estar muito sentida com a morte da
amiga Hebe Camargo
Hebe teve seu tratamento suspenso há um mês
Hebe lembrou que estava escalada para cantar o hino da televisão,
feito sob encomenda para a inauguração. “A Lolita Rodrigues que substituiu
cantando o hino, que eu até hoje dou graças a Deus porque o hino é horrível”.
Quatro décadas se passaram até que cara a cara com as amigas
Lolita Rodrigues e Nair Belo, no programa do Jô, ela ouvisse o tal hino.
Nos anos 50, diante das câmeras outro talento foi revelado.
"A apresentadora veio por causa da cantora e de repente a apresentadora
sufocou a cantora", conta Hebe.
Nos anos 60, seu programa de entrevistas domingo à noite na
TV Record, era uma referência. Por ali passou muita gente boa. Nessas
entrevistas consagrou uma expressão. “Quando eu gosto muito vira gracinha,
porque eu gosto muito, aí você é uma gracinha, tenho vontade, ah, engraçado,
agora eu percebi que eu falo assim: gracinha”.
Tinha outra marca registrada: a risada. Participou de
programas humorísticos. Com uma vistosa peruca, foi a Cleópatra do Júlio César
Ronald Golias.
Hebe passou também pela TV Bandeirantes, ficou 25 anos no
SBT e em 2011 foi para a RedeTV!. Outras loiras, como Xuxa, se renderam ao seu
carisma.
Com versatilidade e bom humor esteve diante das câmeras por
60 anos. E mais de meio século depois de iniciar a carreira na TV fez
reaparecer a Hebe cantora. Voltou aos estúdios, gravou um CD.
Em 2009 soltou a voz no palco do Teatro Municipal de São
Paulo para homenagear os 50 anos de carreira do ídolo, Roberto Carlos.
O ano seguinte começou com um desafio: a luta contra um
câncer no abdômen, que ela enfrentou com coragem e bom humor. Recebeu a
solidariedade de todos, até do rei Roberto Carlos e como numa canção de
Roberto, o público talvez tenha a certeza de que Hebe Camargo não acaba nunca.
Que bom se essa música não terminasse jamais.
Fonte: www.g1.globo.com
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