Odelmo Rodrigues foi preso em agosto durante a operação Mal
Assombro. Mesmo detido, foi o mais votado de Assu e acabou reeleito
pela população
Vereador Odelmo Rodrigues foi preso pela polícia civil em
agosto (Foto: Rafael Barbosa/G1 RN)
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou a liminar
apresentada pelos advogados de defesa e negou o pedido de habeas corpus do
vereador Odelmo de Moura Rodrigues, ex-presidente da Câmara Municipal de Assu,
cidade distante 207 quilômetros de Natal. Odelmo, que foi reeleito como o
candidato mais votado no pleito deste ano, encontra-se preso no Quartel Geral
da Polícia Militar, em Natal, desde o dia 31 de agosto sob a acusação de
participação em crimes de pistolagem no interior do estado. Preocupado com segurança, deputado pede afastamento no RN. Vereador acusado de pistolagem no RN diz que é vítima de
perseguição. Presidente da câmara de vereadores de Assu é preso. De acordo coma decisão do STJ, há razões concretas para que
o vereador permaneça preso, como pediram o Ministério Público e a Polícia
Civil. No final de setembro deste ano, o vereador já havia sofrido uma derrota
no Tribunal de Justiça do RN, que negou por unanimidade o pedido de liberdade.
O vereador Odelmo de Moura Rodrigues nega as acusações. Ele
foi preso durante a Operação Mal Assombro, deflagrada pelo MP Estadual e
Polícia Civil no final de maio deste ano. Ele é acusado de liderar uma
quadrilha de pistoleiros na cidade de Assu e região. Entre os alvos do bando,
segundo as investigações, estava o deputado estadual Nélter Queiroz. O
parlamentar, em razão das ameaças e da necessidade de andar escoltado, pediu
licença de 120 dias da Assembleia Legislativa potiguar.
Ainda de acordo com o Ministério Público, a quadrilha
apontada nas investigações cometia assassinatos por motivos diversos, que vão
desde brigas pessoais a possíveis disputas econômicas e políticas.
Operação Mal Assombro
A Operação Mal Assombro, que recebeu este nome em razão do
terror que os acusados causavam à população do Vale do Açu, na região Oeste
potiguar, foi deflagrada no último dia de maio, coordenada pelo Ministério
Público em parceria com a Divisão de Polícia do Oeste, a Divipoe.
O cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão
ocorreram nas cidade de Assu e Guamaré, com o objetivo de combater crimes de
pistolagem, porte e posse ilegal de arma de fogo. Ao todo, 12 pessoas foram
presas e 21 armas encontradas, entre elas espingardas, pistolas, revólveres,
rifles, granadas, munições de diversos calibres e três camisas e um colete da Polícia Civil.
Segundo informações do delegado Odilon Teodósio, titular da
Divipoe, foram cumpridos 21
mandados nas casas, estabelecimentos comerciais, escritórios
e sítios dos investigados. Entre os presos, estava o presidente da Câmara
Municipal de Assu, Adelmo Rodrigues Caldas, com quem foram encontradas três
armas, sendo um rifle calibre 22, uma carabina calibre 38 e uma garrucha. Aos policiais, o vereador contou que as armas fazem parte de
uma herança e estão com a família há muitos anos. Adelmo pagou fiança no valor
de 30 salários mínimos e foi liberado,
assim como a maioria dos presos.
Fonte: g1.globo.com
Postado por Rafael Barbosa em: 20/10/2012 às 11:26
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