“Matar virou coisa banal em nosso Pais. Matar uma pessoa é
apenas mais um crime. Agora, sequestro é considerado crime hediondo. Me diga
uma coisa, existe seqüestro contra pobre?. Não, claro que não. Então todos já
notaram que as leis nesse País são para proteger os ricos. Quem já viu algum
pobre ser sequestrado . Veja que essa lei só veio para proteger a elite,
enquanto matar, que é o fim de tudo, o fim de uma vida, se fugir do flagrante
você pode responder em liberdade”, desabafou o presidente da Amese, sargento
Edgard Menezes ao comentar sobre o numero de policiais militares existentes em
Sergipe.
Segundo disse Edgard Menezes, “enquanto a gente está
tentando aprovar no Congresso Nacional, um Projeto de Lei, que transforma em
crime hediondo, matar uma agente da lei, a exemplo de PMs, PCs, PFs, guardas
noturnos, seguranças bancários e outros e não estamos conseguindo aprovar, ai,
para proteger a elite seqüestrar é crime hediondo”, desabafou o militar.
O comentário feito pelo sargento Edgard na manhã deste
sábado (17), no programa “Segurança em Foco”, pela Rádio Jornal, chamou a
atenção da sociedade e principalmente dos jornalistas. Uma frase de impacto.
Assim está sendo considerado o que disse Edgard, ao afirmar que “matar virou
coisa banal em nosso Pais. Matar uma pessoa é apenas mais um crime. Agora,
seqüestro é considerado crime hediondo. Me diga uma coisa, existe seqüestro
contra pobre?. Não claro que não. Então todos já notaram que as leis nesse País
são para proteger os ricos. Quem já viu algum pobre ser seqüestrado?”. A
afirmação do militar acabou gerando uma polemica que pode chegar ao congresso.
Afinal, “matar não é o fim?, matar uma pessoa, não é encerrar um ciclo de
vida?, então, porque seqüestrar uma pessoa é considerado crime hediondo e matar
é so um crime. Pode até ser um crime hediondo, mas na maioria dos casos, há o
seqüestro e depois a liberdade, enquanto no assassinato, é o fim”, questiona
outro militar.
Após a declaração do presidente da Amese, a redação do
FAXAJU on-line recebeu mais cem e-mails, onde as pessoas questionavam o “porque
que nossas autoridades não atentem para uma situação como essa?”.
Toda essa polemica foi criada, inclusive pela falta de
policiais em Sergipe. Com o número reduzido de policiais, o índice de
criminalidade aumenta a cada dia. Com o crescente numero de assassinatos, os
homens que fazem a segurança começam a ficar preocupados. Para eles, “como
matar já se tornou uma coisa tão banal em nosso País, a gente acaba ficando com
medo do que pode ocorrer daqui para frente. Afinal todos sabem que os
marginais, tanto quanto a gente, sabe que se matar uma pessoa e com um bom
advogado, tudo pode ser resolvido. Ai de que adianta a gente expor a nossa
vida, enquanto marginais tem conhecimento de que podem ser considerados impunes.
Agora seqüestrar não. Ai nossos políticos classificam como crime hediondo”,
ironizou um policial.
Fonte: Taboleiro Grande News
Postado em: 18/11/2012
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