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domingo, 21 de julho de 2013

CRIMES EMBLEMÁTICOS DESAFIAM A POLÍCIA E CONTINUAM SEM ELUCIDAÇÃO NA CIDADE



Insegurança, ameaça de morte, impunidade, medo, e outras palavras que são usadas no dia-a-dia pelos moradores dos bairros e ruas de Mossoró caracterizam bem o sentimento da população no tocante à violência que se instalou na cidade nos últimos três anos, quando quase 500 pessoas foram assassinadas no município e, muitos destes crimes continuam insolúveis, devido a falta de provas.
"As pessoas temem repassar algum tipo de informação para a polícia, em virtude de conhecer o assassino e desta forma ser vítima também, já que a maioria dos matadores que agem em Mossoró está solta, tocando terror nos bairros onde reside ou atua", destacou um investigador da Polícia Civil.
Para o investigador, aproximadamente 40% das mortes ocorridas em Mossoró, este ano, estão sem elucidação devido a falta de provas, até mesmo da própria família da vítima.
"Tem casos que chegam para serem investigados sem nenhuma informação preliminar, capaz de dar um norte ao nosso trabalho. Diante disto, temos que lidar com as hipóteses e configurar toda a vida pregressa do morto para chegarmos aos suspeitos. Porém esse trabalho é ainda mais complicado por não termos tecnologia de ponta para apressar os resultados das perícias", destacou.
Segundo registros da Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom), um dos crimes misteriosos que até o momento não andaram as investigações, ocorreu no dia 29 de maio deste ano, no conjunto Abolição I, onde um homem foi executado a tiros, por dois elementos disfarçados de gari da prefeitura.
Na ocasião, os supostos garis assassinaram com mais de 10 tiros, por volta das 7h, José Fábio Magalhães Rocha, "Fabio Maranhão", 35, na porta de sua casa, na rua Monsenhor Gurgel.
Os autores fingiram varrer trecho da rua em frente à residência e surpreenderam a vítima quando saía de casa. Próximo ao local do crime, os policiais encontraram pá, enxada e ciscador usados pelos autores do homicídio. Com "Fábio Maranhão", os agentes encontraram uma pistola 380 e dois carregadores de munição. Na revista no interior da casa, a polícia localizou balança e dois pacotes lacrados, provavelmente cocaína.
Fábio era considerado pela polícia como um dos mais perigosos assaltantes de banco do Maranhão e estava envolvido com arrombamento de caixas eletrônicos no RN.
Para o delegado Roberto Moura, as investigações estão praticamente paradas por falta de testemunhas. "O que conseguimos apurar até o momento é pouco para se chegar aos autores e a motivação do crime. As pessoas que conviviam com ele aqui em Mossoró, alegam não saber de nada", explicou o delegado.
Ainda de acordo com a Dehom, outro assassinato que continua sem elucidação, por falta de provas, é o do lutador Leandro Barbosa de Melo, 24, executado a tiros na noite de 18 de abril passado, dentro de uma academia no bairro Lagoa do Mato.
Por volta das 22h, Leandro Barbosa estava na academia quando foi surpreendido por dois elementos, que chegaram em uma moto Fan, de cor escura e placa ignorada. Os homens, armados de revólver, invadiram o local e atiraram.
Para as investigações, no momento do assassinato havia outras pessoas na academia, no entanto ninguém repassou nada de concreto que pudesse levar a identificação dos acusados.
"É a lei do silêncio imperando na sociedade. As pessoas temem represália e dizem que não viram e não sabem de nada", concluiu Roberto Moura.

Quase três anos se passaram e o assassinato de fotógrafo continua sem elucidação 

Já se passaram dois anos e sete meses em que o fotógrafo mossoroense Eliéber Santos da Costa, 37, foi assassinado com requintes de crueldade e até o momento o crime continua sem elucidação e com os autores desconhecidos, pelo menos foi o que informou um irmão da vítima, que até hoje sofre ameaças de morte, devido os criminosos entenderem que ele sabe de alguma coisa.
"O que mais me angustia, não é ter sido ameaçado de morte após o assassinato do meu irmão e sim, o crime nunca ter sido esclarecido e os culpados presos", disse um irmão da vítima, que por questões de segurança não quis que o nome fosse divulgado.
De acordo com o familiar, todo o caso envolvendo o fotógrafo Eliéber Costa foi muito doloroso para a família, que além de ter perdido o ente querido levou quase oito meses para que os parentes pudessem sepultar os restos mortais da vítima.
"A demora na liberação cadavérica do meu irmão se deu devido os ossos dele terem sido enviados a Natal e de lá para Recife (PE) e Salvador (BA), onde foram submetidos a exames criteriosos para que ele fosse identificado oficialmente", disse.

RELEMBRE O CASO

O corpo do fotógrafo Eliéber Costa foi encontrado carbonizado dentro de um veículo, no dia 7 de novembro de 2010, na Vila Alagoas, município de Serra do Mel. O laudo preliminar do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) apontou que o fotógrafo teria sido torturado e morto antes de ser queimado dentro de seu carro.
Ele residia no bairro Belo Horizonte, em Mossoró, e na noite em que antecedeu ao crime, Eliéber Costa estava em sua casa quando recebeu uma ligação, tendo saído minutos após e na manhã seguinte seu corpo foi encontrado.
Além de fotógrafo, a vitima trabalhava de vigilante para uma empresa terceirizada que prestava serviços à Petrobras. O celular da vítima, os pertence pessoais e o Corsa Sedam foram todos destruídos pelo fogo.
Uma das hipótese levantada pela polícia é que o crime teria sido passional, no entanto, até o momento, nada ficou comprovado.

Fonte: O Mossoroense
Postado em: 21/07/2013

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