Com a quebra do sigilo processual da petição feita pelo
Ministério Público Estadual para afastar a prefeita de Natal Micarla de Sousa,
vem a tona uma planilha de gastos pessoais da chefe do executivo municipal
pagos com verbas públicas desviadas. Segundo documento, a prefeita liderava um
grupo criminoso responsável por desvios vultuosos de dinheiro público que era
utilizado por ela para pagar despesas, inclusive, da TV Ponta Negra, de sua
propriedade.
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Planilha mostra gastos pessoais de Micarla de Sousa pagos
com dinheiro desviado
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A petição, assinada pelo Procurador Geral de Justiça do Rio
Grande do Norte, Manoel Onofre Neto, aponta Micarla de Sousa como um dos
principais atores de uma rede de corrupção existente na prefeitura do Natal. O
documento acusa a prefeita de escolher pessoas estrategicamente para ocupar
cargos do alto escalão do Executivo municipal. Ela ainda é denunciada por
comandar as negociações realizadas pelo grupo criminoso investigado, como
também requeria benefícios dos envolvidos no esquema fraudulento.
"O modus operandi por ela utilizado é o de se valer das
pessoas por ela estrategicamente colocadas nos principais cargos de seu governo
para transmitir e fazer valer as suas decisões, suas vontades, suas necessidades,
pura e simplesmente", afirma o PGJ em sua petição. O documento diz ainda
que Micarla de Sousa se utilizava de alguns de seus comandados (servidores
públicos) para solucionar questões estritamente particulares suas.
A petição traz conversas gravadas por meio de interceptações
telefônicas, registros de e-mails e também da quebra de sigilo bancário dos
envolvidos como provas do envolvimento direto da prefeita no comando do esquema
fraudulento existente na Secretaria Municipal de Saúde, investigada na Operação
Assepsia.
"A investigação em curso revelou que a Prefeita Micarla
de Sousa vem administrando o Município de Natal de maneira irresponsável, a seu
bel-prazer, fazendo com que a máquina pública trabalhe a seu favor e de alguns
apaniguados, sem qualquer compromisso com o bem estar da população", acusa
o PGJ no documento.
Fonte: DN Online
Postado por Paulo de Sousa em: 07/11/2012 às 10:48
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