Nesta sexta-feira (16), mais um preso suspeito de ordenar a
morte de policiais foi isolado em um presídio federal.
Uma criança de 1 ano e oito meses foi assassinada por
bandidos em fuga na Grande São Paulo. Nesta sexta-feira (16), mais um preso
suspeito de ordenar a morte de policiais foi isolado em um presídio federal.
O comboio saiu do presídio de Presidente Bernardes com o
segundo chefe de facção criminosa transferido nas últimas duas semanas. No
aeroporto, Roberto Soriano, o Tiriça, foi obrigado a tirar parte da roupa, e
passou por uma última revista. Ele entrou na lista de transferências porque,
segundo a polícia, mandou uma carta aos comparsas ordenando novas mortes de
policiais. Do interior de SP, o bandido encapuzado foi para um presídio
federal, em Porto Velho.
Em outra frente da ação, a Polícia Militar tenta sufocar o
crime nas áreas de maior atuação das quadrilhas. O policiamento foi reforçado
em quatro favelas de São Paulo e de Guarulhos. Só em Paraisópolis, foram 77
prisões.
Mas os ataques continuam. Em uma noite com cinco
assassinatos, um segurança foi executado no local de trabalho. Um motorista,
perseguido e morto, no salão de beleza. E mais um ônibus incendiado. Na porta
de casa, um policial civil só escapou porque acertou uma bala em um homem que
já chegou atirando.
Em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, uma família
foi atacada pelo simples fato de atrapalhar o caminho de criminosos. Eles
tinham saído na noite desta quinta, de carro, para jantar. Por acaso, ficaram
frente a frente com os bandidos, que atiraram e acertaram o menino Pedro
Henrique, de 1 ano e oito meses. O ataque foi em uma avenida de São Bernardo
depois que os bandidos atiraram em um adolescente na porta de casa.
“A arma parece que teria engasgado, e eles largaram essa
vítima para trás porque tinham muitas pessoas ali que vieram em socorro desse
menor e empreenderam fuga”, conta o delegado Kazuyoshi Kawamoto.
Na fuga, o carro dirigido pelo padrasto de Pedro Henrique
atrapalhava o caminho, e os criminosos ultrapassaram pela outra pista atirando.
Um disparo acertou a cabeça do menino. No velório, um parente contou que o
padrasto de Pedro Henrique confundiu os bandidos com amigos.
“Aí ele pensou que estava brincando com ele. Aí ele foi
devagar, porque o carro era muito rebaixado e não passava na lombada. Quando
passaram a terceira lombada, aí ele ultrapassou o carro e começaram a atirar”,
relata.
O cartaz foi da festa de aniversário de Pedro Henrique. O
enterro foi em um cemitério em Diadema. No fim da tarde, em mais um sinal do
clima tenso em São Paulo, um capitão da PM matou um adolescente que tentava
assaltá-lo no trânsito - com uma arma de brinquedo.
Fonte: G1
Postado em: 16/11/2012 às 21:11
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