Em operação realizada nos dias 08 e 09/03/2013, a Polícia Civil de
Baraúna, com o apoio da polícia Militar da cidade, recuperaram nas cidades de
Russas e Quixeré no estado Ceará, dois veículos roubados na Região Oeste
potiguar, sendo uma Caminhoneta tipo F-4000 vermelha, de placas HUN-5508 e uma
Pick-up tipo Saveiro azul, de placas DBO-3860.
Os veículos foram roubados nas cidades de Governador Dix-Sept Rosado e
Pau dos Ferros, respectivamente, e levados primeiramente para Quixeré onde é
feito o desmanche e em seguida para sucatas na cidade de Russas onde são
vendidas as peças.
A Polícia Civil já vinha investigando a quadrilha, que é responsável
pelo de roubo de cerca de 10 caminhonetas F-4000, desde de Janeiro de 2013 e
identificou os integrantes da mesma. Na operação foi preso a pessoa de “Antônio
Gilderlan Ferreira de Melo”, de 35 anos de idade, responsável pelo desmanche
dos carros, feito na sua própria casa na Zona Rural de Quixeré.
E ainda foram conduzidos para a Delegacia de Russas-CE, onde foi
lavrado o flagrante, mais duas pessoas para prestarem esclarecimentos, por
serem eles os responsáveis por uma das sucatas onde são revendidas as peças dos
carros roubados no RN, sendo ainda identificados mais dois elementos da mesma
região, que são os principais receptadores desse tipo de veículos roubados e
que a Polícia Civil prefere não divulgar os seus nomes para não atrapalhar o
restante das investigações.
As investigações continuam agora no sentido de localizar os elementos
que praticaram e praticam roubos pela região, e que também já se encontram
todos identificados. Porém os mesmo se encontram ainda foragidos, podendo,
contudo, serem presos a qualquer momento pela equipe de Polícia Civil.
Participaram no apoio operacional os Policiais CB-PM Marcondes e o SD Damião
Alves, de Baraúna/RN, bem como os policiais civis da cidade de Russas-CE.
A Polícia Civil de Baraúna também recuperou na tarde desta
quarta-feira um moto tipo Honda Pop, de cor roxa, placa OJU 6049/RN,
carbonizada, que foi roubada no início do mês ma cidade de Baraúna e já foi
entregue a seu proprietário. A moto foi encontrada em um terreno baldio nas
proximidades do estádio de futebol de baraúna.
Questionado acerca da ausência de prisões nos últimos tempos, e se
isso significaria que a Polícia Civil de Baraúna/RN não estava desempenhando a
contento seu papel, o Delegado Titular respondeu: “Achar que o trabalho da
Polícia Civil se resume a prender pessoas em toda e qualquer hipótese consiste
em desconsiderar nossa função precípua, qual seja, a de INVESTIGAR. Pois como
fruto das investigações, pode ocorrer ou não a necessidade de vir a prender
alguém. E se não houver, não se poderá dizer que, somente por isso, a Policia
Civil não trabalhou.
Talvez tenha trabalhado a ponto de evitar que um inocente fosse para a
cadeia! E se isso tiver ocorrido, terá sido por demais salutar! Mas também,
como nos casos descritos nesta reportagem, nem toda hipótese autoriza a prisão,
seja por não haver flagrante, seja por não haver previsão de pena privativa de
liberdade para aquele crime, seja por ter havido a apresentação espontânea,
seja por qualquer outro motivo legal e constitucionalmente previsto! Nos casos
mencionados nesta reportagem, um dos policiais civis de Baraúna chegou em casa
por volta das 23h, quando nosso horário de trabalho é, como regra, das 8h às
18h. E aí seria razoável dizer que não houve trabalho policial civil nesta
ocasião?!?! De forma alguma! Somado a isso, há muitos, e tenha certeza de que
são muitos, procedimentos parados na DP esperando conclusão. E não podemos nem
devemos negligenciá-los por serem antigos e/ou por não virem a gerar prisão, ao
serem concluídos. Cada “papel” que chega nesta Delegacia representa a vida de
pessoas que foram, em tese, vítimas de algum(ns) crime(s). E não buscar
solucionar tais casos porque não gerarão prisão seria não só ilegal, mas acima
de tudo injusto e insensível. Portanto, enquanto for Delegado de Policia, irei
direcionar o meu trabalho e o dos policiais a mim vinculados de modo a buscar
exercer da forma mais correta e digna possível nossa atribuição constitucional,
que é investigar os fatos que nos chegam, sem ceder a pressões no sentido de
prender por prender. Desculpe-me pelo desabafo. Mas essa é a forma que penso e,
por isso, assumo a total responsabilidade por ela, de modo que se quiserem
fazer críticas, o façam a mim, não a meus policiais, embora eu gostasse de que
os mesmos concordassem comigo. Mas respeito a divergência deles, caso exista.”
Fonte: O Câmara
Postado em: 15/03/2013
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