Manifestações ocorrem simultaneamente em onze capitais do país, entre elas Rio, Brasília e Natal.
Milhares de pessoas se reuniram nesta segunda-feira (17), no Largo da
Batata, em São Paulo, para mais uma manifestação contra os aumentos na tarifa
de transporte público. A quinta manifestação pede melhora no sistema de
transporte público na cidade. A manifestação segue com tranquilidade. Segundo a
reportagem de ÉPOCA, presente na protesto, o clima é festivo, sem intenção de
confronto com a polícia.
Segundo a Polícia Militar, pelo menos 65 mil pessoas participam do
ato. Trata-se da maior manifestação desde o início da onda de protestos pela
redução da tarifa de ônibus, no dia 6. No ato desta segunda-feira, os
manifestantes não levaram bandeiras de partidos, e gritavam: "O povo,
unido, governa sem partido".
De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes se dividiram em três
grupos. Um grupo seguia para Avenida Faria Lima e outro pela Avenida Rebouças,
para chegar à Marginal Pinheiros. Um terceiro grupo de manifestantes se
encontrou nas ruas Teodoro Sampaio e a Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. Por
volta das 19h40, manifestantes chegaram à Avenida Paulista, que foi fechada.
Policiais acompanharam o protesto na Paulista de longe. Outro grupo chegou à
Ponte Estaiada e à Avenida Berrine por volta das 20h.
Após as cenas de confronto e violência policial na última
manifestação, na quinta-feira (13), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
disse que proibiu o uso de balas de borracha para conter a protesto. Até o
momento, não há relatos de violência na manifestação.
A Marginal Pinheiros está fechada no sentido Ceagesp. A CET recomenda
aos motoristas que evitem circular pela região da Avenida Rebouças, Avenida
Eusébio Matoso, Rua Teodoro Sampaio, Rua Cardeal Arcoverde, bem como pela
Avenida Faria Lima e todo o seu entorno.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os manifestantes se reúnem no centro da cidade. A
Avenida Rio Branco, no centro do Rio, foi tomada. A polícia divulgou que cerca
de 15 mil pessoas participaram da manifestação. No entanto, segundo uma
estimativa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o
portal G1, mais de 100 mil pessoas participaram do ato.
A pauta de reivindicações é extensa, mas os manifestantes gritam
sobretudo contra o aumento das passagens de ônibus e os gastos públicos com as
obras da Copa.
A manifestação ocorre de forma pacífica. Os participantes gritam
"Sem violência" e "Vem pra rua, vem contra o aumento".
Muitas pessoas acompanham das janelas dos escritórios a passagem do protesto e
jogam papel picado.
No entanto, por volta das 20h houve um momento de confusão próxima à
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Manifestantes atearam fogo e jogaram
pedras no prédio da a Alerj. Policiais atiraram com armas não-letais.
O policiamento foi reforçado. Os policiais militares acompanham o
movimento. A Tropa de Choque não está no local.
Belo Horizonte
Belo Horizonte também teve manifestações. O protesto começou mais
cedo, planejado para coincidir com a partida entre Taiti e Nigéria pela Copa
das Confederações. Segundo a PM, cerca de 15 mil pessoas protestavam contra os
gastos na preparação da Copa do Mundo. Por volta das 17h, os manifestantes
tentaram se aproximar do Mineirão, e a polícia reprimiu o movimento com o uso
de bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
Por volta das 19h ocorreu um novo confronto entre manifestantes e
policiais. Segundo a PM, um grupo tentou invadir o campus da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) e os policiais reagiram.
Brasília
Em Brasília, os manifestantes estão concentrados no gramado do
Congresso Nacional. O protesto cobra recursos para educação, saúde e passe
livre no transporte público, e critica os gastos públicos na Copa do Mundo. A
manifestação começou por volta das 17h no Museu da República, início da
Esplanada dos Ministério, com uma caminhada até o Congresso.
A PM fez um cordão de isolamento em frente à sede do Legislativo. Por
volta das 19h20, manifestantes conseguiram romper o cordão de isolamento da
polícia e subiram na cobertura do prédio do Congresso Nacional. Por volta das
19h45, os manifestantes começaram a desocupar o local.
Dilma: "Manifestações pacíficas são legítimas"
A presidente Dilma Rousseff considera que as "manifestações
pacíficas são legítimas e próprias da democracia". A afirmação de Dilma
foi transmitida nesta segunda-feira pela chefe da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República, Helena Chagas, que acrescentou ainda que a
presidente considera "próprio dos jovens se manifestarem". "Ela
está encarando isso como uma questão normal da democracia", disse Helena
Chagas. Dilma esteve reunida nesta segunda-feira com o ministro da Justiça,
José Eduardo Martins Cardozo, que fez um relato a ela sobre os protestos que
ocorrem em todo o País.
Fonte: Redação Época
Postado em: 17/06/2013
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