A categoria reivindica
o pagamento das horas extras e também melhores condições de trabalho.
A obra de construção
da fábrica de cimento Apodi em Quixeré, município a 176 km da capital, está
parada deste a última terça-feira (26). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem
em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE), a categoria reivindica o pagamento
das horas extras e também melhores condições de trabalho.
Três empresas são
responsáveis pela construção da fábrica de cimento Apodi: PB Construtora, CMC
Montagem e Caldenorte. As três juntas empregam cerca de 1.200 trabalhadores,
segundo afirmou o presidente da Sintepav, Raimundo Nonato Gomes. De acordo com
ele, os operários estão pedindo o pagamento de horários extras, melhores condições
de segurança e alimentação e água de qualidade. "Os trabalhadores estavam
se sentindo prejudicados com a atual situação e então tomamos a frente na deliberação
da greve", afirma.
Falta de quórum
Na manhã de ontem,
representantes do Sintepav-CE se dirigiram ao canteiro de obras localizado na
comunidade de Bom Sucesso, para realização de uma assembleia geral. Porém, com
a falta de quórum (menos da metade dos trabalhadores estavam presentes no
local), a assembleia foi adiada para a próxima segunda-feira.
"Nós pedimos as
construtoras que levem seus funcionários até o canteiro de obras no dia em questão.
Lá, nós vamos expor nossa pauta de reivindicações e vamos fazer as negociações",
afirmou Gomes.
Ele explicou ainda que
mesmo havendo negociações até o fim desta semana, a proposta acertada será
votada na assembleia. Se a proposta for aceita, na segunda-feira, os
funcionários voltam ao trabalho, caso contrário, haverá continuidade nas negociações.
Enquanto isso, os trabalhadores estão parados em suas residências ou em
alojamentos e só voltarão ao trabalho após o fim das negociações.
Providências
Segundo o engenheiro
da PB Construtora, responsável pela obra, Rodrigo Camilo, a empresa não foi
informada a respeito das reivindicações da classe e ressalta que a construtora
está cumprindo todo o regulamento estabelecido na Convenção Coletiva. "Nós
vamos ouvir o posicionamento do sindicato para, dessa forma, tentar resolver o
problema", afirma.
Já o diretor
presidente da empresa de cimento Apodi, Adalto Farias, está de férias e fora do
País há dez dias. Ele disse estar sabendo da paralisação, mas desconhecia as reivindicações.
Histórico
A obra de construção
da fábrica de cimento Apodi teve início há mais de um ano e a conclusão da
primeira etapa está prevista para até o mês de julho deste ano, quando já devem
iniciar as operações a partir de agosto.
A princípio, está
prevista uma produção de três mil toneladas de cimento por dia. O local para instalação
da fábrica foi escolhido diante da grande reserva de calcário, matéria prima
para produção de cimento. Com alto investimento, a fábrica empregará tecnologia
de ponta em todas as etapas da produção, sendo importada de vários países do
mundo, principalmente da Europa e Ásia. Essa é a segunda fábrica de cimento Apodi
no Ceará. A primeira opera há mais de dois anos no Pecém.
Fonte: TV Jaguar
Postado em: 01/03/2013 às 06:05
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