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domingo, 20 de outubro de 2013

MORTES PROVOCADAS POR ARMAS DE FOGO EM MOSSORÓ TORNAM 2013 O ANO MAIS VIOLENTO

O ano de 2013 já está sendo considerado o mais violento de todos os tempos, inclusive superando 2011 quando o índice de mortes provocadas por disparos de arma de fogo foi alarmante e assustador, onde foram contabilizados 186 crimes.
Os dados obtidos com a Polícia Militar e o Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) apontam que mesmo com ações ostensivas das polícias e projetos de contenção ao crime as mortes continuam acontecendo em vários bairros da cidade e em algumas comunidades rurais.
Segundo registros, este ano já foram 148 pessoas mortas, estimando uma média de 1,9 assassinato por dia. Com isso, as polícias militar e civil, mesmo realizando operações com bastante frequência, têm se deparado com muitos crimes e alguns deles de difícil elucidação.
Para se ter uma ideia, as mortes violentas do ano passado somaram 141. A violência desencadeada na cidade, de acordo com a polícia, tem sua maioria motivada pelo tráfico de drogas e brigas envolvendo grupos rivais. Os crimes, em sua maioria, são cometidos por duplas de moto, que chegam e executam seus desafetos.
Uma das últimas vítimas da violência aconteceu na madrugada da última sexta-feira (18), quando Josiran Pereira dos Santos, 19, foi executado a tiros dentro de sua casa e na frente da sua mãe, em uma vila localizada na rua Pedro Rodrigues da Silva, próximo à Escola Raimundo Gurgel, no Alto do Xerém.
Segundo a PM, por volta das 4h30, dois elementos encapuzados invadiram uma casa vizinha à residência da vítima e quando perceberam o erro voltaram, se dirigiram à casa da frente, quebraram a porta dianteira e, se passando por policiais, executaram o rapaz com um disparo de escopeta calibre 12, no pescoço.
Josiran Pereira morreu dentro de casa, onde dormia com a mãe, que presenciou toda a cena. O rapaz já tinha passagem por delegacias, por porte ilegal de arma de fogo e era suspeito de um homicídio no bairro.
O delegado Denys Carvalho da Ponte, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Mossoró, disse que essa modalidade de crimes, onde os elementos invadem as casas e executam as vítimas, tem se tornado muito comum, principalmente quando o crimes envolve vingança, brigas de gangues ou mesmo acerto de contas.
'Essa prática de invadir as casas e eliminar as vítimas, desprevenidas de destreza, tem se tornado muito comum ultimamente em Mossoró. Os elementos surpreendem suas vítimas e em seguida vão embora sem serem identificados", explicou o delegado.
Para Denys Carvalho, as mortes geralmente estão ligadas a três fatores: vingança, tráfico de drogas e disputa por espaço. "São crimes que ocorrem, principalmente, em localidades periféricas onde os bandidos agem respaldados por seus grupos", concluiu. 

Polícia Militar aposta em projeto cidadão para estancar violência nos bairros mossoroenses

Uma tentativa de coibir os homicídios são as constantes blitze realizadas nos bairros e ruas da cidade. "Realizamos frequentemente operações no sentido de combater as mortes e coibir o tráfico de drogas, que é a motivação da maioria das mortes de Mossoró", destacou o tenente-coronel Alvibá Gomes, comandante do 2º BPM, em recente entrevista ao O Mossoroense.
No dia 15 de agosto deste ano foi instalada no bairro Santo Antônio, uma Base Integrada Cidadã (BIC), uma parceria da Polícia Militar com a Guarda Municipal, para combater a violência na localidade. "Com a implantação da BIC, colocamos os policiais 24 horas dentro do maior e mais violento bairro, para estancar a grande quantidade de ocorrências violentas que vinha se propagando pelas ruas e, graças ao trabalho desenvolvido pelos nossos homens, estamos conseguindo êxito", destacou o tenente-coronel Alvibá Gomes.
De acordo com Alvibá, com a chegada dos policiais da BIC houve uma redução significativa, principalmente em confrontos armados entre gangues rivais que disputam espaço no bairro.
"Os crimes diminuíram significativamente com a chegada dos policiais. Não estou falando somente de homicídios, mas de um todo. Para se ter uma ideia, antes da chegada da BIC, quase que diariamente havia tiroteio no bairro Santo Antônio, hoje esses confrontos, que mataram pessoas inocentes, estão acabados praticamente. Hoje o cidadão anda pelas ruas do bairro e não vê mais aquelas turmas de desocupados reunidos nas esquinas", disse.

Ainda de acordo com Alvibá Gomes, diariamente 24 policiais militares circulam pelas ruas do bairro, junto com homens da Guarda Municipal, em uma área onde, aproximadamente, moram 43 mil pessoas. "Ainda temos muito para fazer. Estamos no caminho certo e em breve outros bairros também serão beneficiados com um posto da BIC", concluiu o comandante.

Fonte: O Mossoroense
Postado em: 20/10/2013

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